"A urna eletrônica é segura. É impossível conhecer o conteúdo do voto, fraudar o resultado da eleição e impossível entrar no programa para desfigurá-lo", afirmou Britto. Segundo o ministro, o sistema é inviolável. "Fazemos um software inviolável e inacessível ao racker. Se o programa é alterado, a urna eletrônica se auto-defende. Ela se fecha e está auto-imunizada."Pois bem. Se o Brasil realmente chegou neste nível tão avançado em termos de segurança da informação, o TSE deveria contribuir com o país e começar a arrecadar divisas exportando a tecnologia que desenvolveu. Se a urna fizer metade do que o TSE afirma, temos em mãos uma tecnologia única no mundo (um sistema auto-imune), que valeria uns bons dólares se fosse exportada.
Bom, voltando à realidade, o TSE continua tentando convencer o povo brasileiro de que a urna é boa "porque eu disse que é boa". E como aqui no brasil a urna é caso de segurança nacional, ninguém consegue ter acesso completo ao sistema para uma avaliação de sua segurança. Alias, nem mesmo o TSE conhece todo o código usado na urna: o código criptográfico da Abin é secreto inclusive para o TSE.
Ou seja, enquanto muitos países caminham para o uso de sistemas de votação com projeto aberto e implementação auditada, o Brasil vai na contramão da história por conta da arrogância do TSE. Mesmo nos Estados Unidos onde existem vários sistemas de votação completamente furados do ponto de vista de segurança, é nítida a evolução desde que universidades começaram a publicar as falhas de segurança descobertas em urnas eletrônicas. No mínimo eles sabem que os sistemas tem furos de segurança.
Por aqui, os ganhos em termos de auditabilidade (impressão de votos) são abandonados porque estavam causando problemas técnicos e de logística para o TSE. Ou seja a conveniência da autoridade eleitoral é mais importante que a auditabilidade da eleição por parte do cidadão.
O site Página do voto eletrônico tem muita informação e contrapontos ao TSE.
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